1) "Quando você conversar com sua filha, informe-se dos fatos como um jornalista: descubra quem está fazendo isso, há quanto tempo isso acontece, o que estão fazendo com ela e se a professora sabe. Em seguida, trace algumas estratégias, com ela e sozinha.
Se quem pratica o bullying é uma colega de sala, pergunte a sua filha se ela quer mudar de lugar ou, melhor ainda, se ajudaria trocar de sala. Se ela estiver numa escola elementar, você vai notar os grupos se formando nas filas para entrar nas salas. Se ela puder mudar de sala, talvez possa continuar ou pelo menos criar laços sociais protetores com outras crianças.
Ela quer mudar de escola? Várias mulheres que conheci começaram tudo de novo numa outra escola e nunca mais olharam para trás. A mudança talvez pareça radical, mas a diferença pode ser enorme.
2) (...) uma nova atividade pode significar o mundo para crianças em ostracismo. (...) A mudança de ponto de vista, distanciando-se do que faz uma menina popular e focalizando o que a torna uma boa jogadora, escritora, amazona ou desenhista, pode fazer a diferença.
3) (...) cubra todas as bases do dia da sua filha e veja onde você pode aliviar a sua carga. Descubra o que ela está fazendo na hora do almoço e no recreio: se está sozinha, onde ela está? Seria possível combinar para que ela vá à biblioteca, à sala de arte ou ao ginásio duas vezes por semana? Não é uma solução permanente, nem ela deve adquirir o hábito de escapulir todos os dias, mas se ela está realmente sofrendo, talvez você possa encontrar algum espaço para ela respirar.
4) Jamais suponha que seja responsabilidade da outra criança ajudar a sua filha, por maior que seja a dificuldade que está enfrentando. Incentivar a outra criança a exercitar a compaixão à custa de suas próprias necessidades sociais seria reforçar a mensagem de que o cuidado e o auto-sacrifício são a sua prioridade. No final do dia, a decisão deve ficar com as duas. (...) Por algum motivo, sua filha caiu nas mãos de alguém, mas uma coisa é certa: ela precisa que você a ajude a ser uma pessoa mais forte, com mais auto-estima.
5) Como regra geral, não é uma boa idéia ligar para os pais da menina que pratica o bullying. Estas conversas tendem a azedar rápida e deploravelmente.
6) (...) esteja atento ao que sua filha vê quando olha para você. Esteja sempre consciente de como você se 'apresenta' para sua filha. Pais para quem o bullying evoca reações viscerais, cuidado. Vocês estarão revivendo a sua própria experiência por intermédio da sua filha? Perdendo-se na intensidade da dor que é dela?
7) Pode ser útil fazer perguntas que conduzam a uma determinada resposta?
* Quando as meninas querem ser más na sua sala, o que elas fazem?
* A professora vê quando isso está acontecendo? Por que, ou por que não? Como a professora reage?
* Alguma menina esconde melhor suas maldades? Como?
* As amigas podem ser más umas com as outras? Como?"
(trechos de Garota Fora do Jogo, de Rachel Simmons)
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Obrigada. Estou pensando nas minhas alunas...
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