quinta-feira, 12 de maio de 2011

Até onde você iria para salvar o seu filho?

Rupert Isaacson foi até a Mongólia.



Quando seu filho Rowan foi diagnosticado com autismo, Rupert ficou arrasado. Mas o contato com os cavalos na fazenda de um vizinho começou a produzir melhoras significativas nas habilidades de comunicação de Rowan.



Cansado das dezenas de tratamentos caros e ineficazes, Rupert resolveu apostar toda a sua fé e o seu amor num lugar onde animais e terapias alternativas ofereciam a possibilidade de uma vida normal para Rowan.



A sua jornada e o milagre que presencia são narrados no livro Uma Cura para Meu Filho. O filme deve chegar logo (The Horse Boy). Se quiser saber mais, visite a The Horse Boy Foundation (http://www.horseboyfoundation.org/).



Abaixo, um trecho que ilustra a realidade vivida pelas pessoas que convivem com o autismo:



"Nossa vida se tornou uma rotina enfadonha, em que íamos de um consultório a outro, tendo de lidar com terapeutas, com a burocracia dos planos de saúde e com os inexplicáveis rompantes de nosso filho, que ocorriam em qualquer lugar, inclusive nas ruas, e eram cada vez mais intensos. Em certa ocasião, seus gritos foram capazes de abafar o barulho de uma britadeira, fazendo com que os operários largassem as ferramentas e olhassem abismados para aquela pequena máquina de produzir decibéis. Rowan então se jogou no chão e, como um epilético, começou a martelar o concreto com a cabeça e os calcanhares - tão violentamente que tivemos de segurá-lo.



Seus acessos de raiva às vezes eram acompanhados por jatos de vômito, como os da personagem de O Exorcista. Os trausentes às vezes se ofereciam para chamar os serviços de emergência. Ou faziam cara de desdém, expressando sua indignação com aqueles pais, que deixavam o filho se comportar em público de forma tão abominável. Alguns paravam, nas ruas ou nas lojas, para nos dizer que deveríamos nos envergonhar da conduta de nosso filho. À guisa de consolo, rosnávamos: "Ele é autista. Qual é a sua desculpa?", e os víamos bater em retirada, encabulados e arrependidos."

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