quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ninguém pode acusar as crianças de serem monótonas

"Anthony tinha quase três anos quando minha mulher ficou grávida. Sabíamos que era importantíssimo prepará-lo para a chegada do bebê. Queríamos evitar as terríveis manifestações de rivalidade. Lemos o livro Berenstain Bears New Baby dezenas de vezes. Fizemos tudo que se pode imaginar para que ele sentisse que nosso bebê seria também dele. À medida que a barriga da mãe crescia, Anthony mantinha uma boneca presa por baixo de sua camiseta.
Anthony ficou fascinado com o nascimento de Leah. Ele estava tão entusiasmado. Quase todos que davam presentes para Leah levavam para ele também. Era como se fosse Natal em maio. Ele adorou sua irmã, apesar de ter reparado que ela não tinha nenhum dente. Tudo caminhava como tínhamos planejado.
No sexto dia de Leah em casa, aconteceu. Anthony pulou fora da banheira. Seu rosto rosado cheirava a sabonete e talco. Ele perguntou se podia comer uma maçã. Eu disse que sim, claro. Ele apareceu alguns momentos mais tarde. Colocou uma mão por trás da minha cadeira enquanto segurava a maçã com a outra.
- Pai, acho que estou encrencado.
- Por que? - perguntei.
- Bom, quando estava pegando a maçã, sem querer, fiz xixi na geladeira.
- É mesmo. - Eu disse. - Você está encrencado."

(trecho do livro A Educação pelo Bom Exemplo, de Sal Severe, Editora Campus)

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