terça-feira, 31 de maio de 2011

Pérolas do ENEM 2010

”O Brasil não teve mulheres presidentes mas várias primeiras-damas foram do sexo feminino”.
(Várias, não todas...)

“Vasilhas de luz refratória podem ser levadas ao forno de microondas sem queimar”.
(Alguém pode me dizer o que é uma luz refratória???? E por que eu a colocaria no microondas???)

"O bem star dos abtantes da nossa cidade muito endepende do governo federal capixaba”.
(Intendi habisolutamente tudo.)

"Animais vegetarianos comem animais não-vegetarianos”.
(E depois tem uma não-indigestão...)

"Não cei se o presidente está melhorando as insdiferenças sociais ou promovendo o sarneamento dos pobres. Me pré-ocupa o avanço regresssivo da violência urbana”.
(O presidente eu não sei, mas o Sarney, talvez... Eu também fico pré-ocupadíssima!)

"Fidel Castro liderou a revolução industrial de 1917, que criou o comunismo na Russia”.
(Isso foi antes das placas tectônicas separarem Cuba da Ásia.)

"O Convento da Penha foi construído no céculo 16 mas só no céculo 17 foi levado definitivamente para o alto do morro”.
(Demorou muito pois o transporte era feito por jumentos.)

"A História se divide em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje”.
(Fiquei momentaneamente pasma com essa...)

"Os índios sacrificavam os filhos que nasciam mortos matando todos assim que nasciam”.
(Que terríveis selvagens!!!)

"Bigamia era uma espécie de carroça dos gladiadores, puchada por dois cavalos”.
(Eu sempre disse que bigamia não era uma coisa boa.)

"No começo Vila Velha era muito atrazada mas com o tempo foi se sifilizando”.
(Deve ter sido devido à epidemia de sífilis)

"Os pagãos não gostavam quando Deus pregava suas dotrinas e tiveram a idéia de eliminá-lo da face do céu”.
(Eu me pergunto como é que eles fizeram isso....)

"A capital da Argentina é Buenos Dias”.
(E de noite, é Buenas Noches)

"A prinssipal função da raiz é se enterrar no chão”.
(Coisa que o autor dessa deveria fazer também. Vivo)

"As aves tem na boca um dente chamado bico”.
(E o autor dessa deveria ter fechado o dente.)

"A Previdência Social assegura o direito a enfermidade coletiva”.
(Tudo a ver com a situação da saúde pública no Brasil atualmente)

"Respiração anaeróbica é a respiração sem ar, que não deve passar de 3 minutos”.
(Respiração sem ar... Sei... Tipo a que os vampiros fazem, certo?)

"Ateísmo é uma religião anônima praticada escondido. Na época de Nero, os romanos ateus reuniam-se para rezar nas catatumbas cristãs”.
(Eu sempre quis conhecer as catatumbas...)

"Os egipícios dezenvolveram a arte das múmias para os mortos poderem viver mais”.
(Aparentemente, não deu certo...)

"O nervo ótico transmite idéias luminosas para o cérebro”.
(O autor desta não tinha o nervo ótico...)

"A Geografia Humana estuda o homem em que vivemos”.
(Esse é poeta.)

"O nordeste é pouco aguado pela chuva das inundações frequentes”.
(Precisamos construir um aqueduto que ligue São Paulo ao nordeste. Será a solução pra todos os nossos problemas.)

"Os Estados Unidos tem mais de 100.000 Km de estradas de ferro asfaltadas”.
(Os americanos são mesmo muito criativos.)

"As estrelas servem para esclarecer a noite e não existem estrelas de dia porque o calor do sol queimaria elas”.
(Eu sempre disse que as estrelas esclarecem tudo mesmo...)

"Republica do Minicana e Aiti são países da ilha América Central”.
(Alguém por favor me diz onde posso encontra um ATLAS com AURÉLIO?)

"As autoridades estão preocupadas com a ploleferação da pornofonografia na Internet”.
(Eu também...)

"A ciência progrediu tanto que inventou ciclones como a ovelha Dolly”.
(E tem também a ovelha Katrina, mas essa é bem mais agressiva.)

"O Papa veio instalar o Vaticano em Vitória mas a Marinha não deixou para construir a Capitania dos Portos no mesmo lugar”.
(Também pudera. Não coube o Vaticano no papamóvel.)

"Hormônios são células sexuais dos homens masculinos”.
(E os hormônios dos homens femininos seriam....???)

"Os primeiros emegrantes no ES construiram suas casas de talba”.
(E chegaram dando tiro ao Álvaro.)

"Onde nasce o sol é o nacente, onde desce é o decente”.
(Indecente essa.)

"A terra é um dos planetas mais conhecidos e habitados no mundo. Os outros planetas menos demográficos são: Mercurio, Venus, Marte, Lua e outros 4 que eu sabia mas como esqueci agora e está na hora de entregar a prova, a senhora não vai esperar eu lembrar, vai? Mas tomara que não baixe minha nota por causa disso porque esquecer a memória em casa todo mundo esquece um dia, não esquece?”.
(Esquece, filho, esquece. O que não pode esquecer é de estudar...)

terça-feira, 24 de maio de 2011

poder x autoridade

Exemplo de pai utilizando o poder:

- Por que eu não posso ir?
- Porque eu disse que não. Sou o seu pai.
- O que isso tem a ver?
- Tudo.
- Bem, eu vou de qualquer forma.
(O pai fica com raiva) - Estou te avisando. Se você for a essa festa, vai se meter numa grande enrascada.
- Ah, claro. O que você vai fazer?
- Espere e verá.

Exemplo de pai utilizando a autoridade:

- Por que eu não posso ir?
- Não acho que será seguro.
- Eu posso lidar com isso.
- Vai ter muita gente bebendo nesta festa. Provavelmente haverá drogas também. Eu não quero você lá.
- Eu vou estar bem. Não precisa se preocupar.
- Você não compreende. Eu confio em você. Esse não é o problema. Eu não confio é em algumas das outras crianças. Você não pode controlar o que eles vão fazer.
- Todo mundo vai à festa.
- Eu sei que você quer muito ir. Sei que vai ficar decepcionado.
- Eu quero ir.
- Sinto muito. Você não pode ir. Pode fazer outra coisa. Convide algumas crianças para vir aqui.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O que significa EDUCAR COM COERÊNCIA

"Durante meu primeiro verão trabalhando em casa com meninos, levei uma van cheia de crianças para acampar num fim de semana. Depois de viajarmos alguns quilômetros, Lamont começou a ficar impaciente. Dei-lhe um aviso. Depois de 80 quilômetros ele começou a implicar e a instigar os outros. Dei-lhe outro aviso. Ele estava piorando. Disse-lhe que se não parasse eu daria meia-volta e o levaria de volta para casa. Ele não acreditou em mim. Não pensou que eu iria até o fim. Ele não parou. Fiz o que disse. Dei meia-volta. Que choque. Primeiro ele parou de se comportar mal. Depois começou a implorar dizendo que se comportaria bem. "Muito tarde", eu disse. E ele voltou para casa.
Demorou duas horas para que levasse Lamont para casa e voltasse ao ponto onde tinha dado meia-volta. Essas foram as melhores duas horas que já gastei. Minha reputação para com Lamont e as outras crianças foi feita naquele dia. Não apenas o resto da viagem correu tranquilamente, como nos seis anos seguintes a história passou de criança para criança. "É melhor acreditar no que o Sr. Sal diz. Ele cumpre o que promete."

(do livro A Educação pelo Bom Exemplo de Sal Severe, Editora Campus)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Forget brainstorming

Brainstorming in a group became popular in 1953 with the publication of a business book, Applied Imagination. But it’s been proven not to work since 1958, when Yale researchers found that the technique actually reduced a team’s creative output: the same number of people generate more and better ideas separately than together. In fact, according to University of Oklahoma professor Michael Mumford, half of the commonly used techniques intended to spur creativity don’t work, or even have a negative impact. As for most commercially available creativity training, Mumford doesn’t mince words: it’s “garbage.” Whether for adults or kids, the worst of these programs focus solely on imagination exercises, expression of feelings, or imagery. They pander to an easy, unchallenging notion that all you have to do is let your natural creativity out of its shell. However, there are some techniques that do boost the creative process:

Don’t tell someone to ‘be creative.’

Such an instruction may just cause people to freeze up. However, according to the University of Georgia’s Mark Runco, there is a suggestion that works: “Do something only you would come up with—that none of your friends or family would think of.” When Runco gives this advice in experiments, he sees the number of creative responses double.

(Source: Newsweek)

So, what's unique about you?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Los suertudos y los malhadados

"Durante uno de los experimentos más gráficos que se llevó a cabo durante esta investigación (sobre los suertudos y los malhadados), todos (los participantes de la encuesta) recibieron un periódico del que tenían que contar las fotografías. Los suertudos tardaban unos segundos y los del bando de la mala suerte tardaban dos minutos. ¿Por qué? En la segunda página del periódico había un anuncio enorme que decía: "En este periódico hay 43 fotografías. Deja de contar". Estaba allí a la vista para todos, pero los suertudos tendían a fijarse en el anuncio y los de mala suerte, no.

Había un segundo anuncio en el periódico: "Deja de contar. Dile al investigador que has visto este anuncio y te dará 250 euros". La mayoría de los del bando de la mala suerte no se fijaban siquiera en el anuncio porque estaban obsesionados contando fotografías... De hecho, sabemos que la gente que dice tener mala suerte está más tensa y ansiosa que la suertuda. Y es que la ansiedad nos impide abrirnos a las cosas, fijarnos en lo inesperado. Cuanto más te empeñes en encontrar algo concreto, menos cosas percibes, porque tu cerebro se centra sólo en lo que buscas. Así que pierdes oportunidades. Te pasa cuando vas a una fiesta empeñado en encontrar a la pareja perfecta: probablemente no la encuentres, pero es que además no intentarás siquiera hacer amigos. Sería más productivo ir a las fiestas abierto a la posibilidad de descubrir allí a tu media naranja, claro, y también firmemente decidido a disfrutar en cualquier caso conociendo a personas que podrían resultar divertidas o interesantes. !Sistematiza tu suerte, provócala!"

(Elsa Punset, para la revista TELVA, enero 2011)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ninguém pode acusar as crianças de serem monótonas

"Anthony tinha quase três anos quando minha mulher ficou grávida. Sabíamos que era importantíssimo prepará-lo para a chegada do bebê. Queríamos evitar as terríveis manifestações de rivalidade. Lemos o livro Berenstain Bears New Baby dezenas de vezes. Fizemos tudo que se pode imaginar para que ele sentisse que nosso bebê seria também dele. À medida que a barriga da mãe crescia, Anthony mantinha uma boneca presa por baixo de sua camiseta.
Anthony ficou fascinado com o nascimento de Leah. Ele estava tão entusiasmado. Quase todos que davam presentes para Leah levavam para ele também. Era como se fosse Natal em maio. Ele adorou sua irmã, apesar de ter reparado que ela não tinha nenhum dente. Tudo caminhava como tínhamos planejado.
No sexto dia de Leah em casa, aconteceu. Anthony pulou fora da banheira. Seu rosto rosado cheirava a sabonete e talco. Ele perguntou se podia comer uma maçã. Eu disse que sim, claro. Ele apareceu alguns momentos mais tarde. Colocou uma mão por trás da minha cadeira enquanto segurava a maçã com a outra.
- Pai, acho que estou encrencado.
- Por que? - perguntei.
- Bom, quando estava pegando a maçã, sem querer, fiz xixi na geladeira.
- É mesmo. - Eu disse. - Você está encrencado."

(trecho do livro A Educação pelo Bom Exemplo, de Sal Severe, Editora Campus)

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Até onde você iria para salvar o seu filho?

Rupert Isaacson foi até a Mongólia.



Quando seu filho Rowan foi diagnosticado com autismo, Rupert ficou arrasado. Mas o contato com os cavalos na fazenda de um vizinho começou a produzir melhoras significativas nas habilidades de comunicação de Rowan.



Cansado das dezenas de tratamentos caros e ineficazes, Rupert resolveu apostar toda a sua fé e o seu amor num lugar onde animais e terapias alternativas ofereciam a possibilidade de uma vida normal para Rowan.



A sua jornada e o milagre que presencia são narrados no livro Uma Cura para Meu Filho. O filme deve chegar logo (The Horse Boy). Se quiser saber mais, visite a The Horse Boy Foundation (http://www.horseboyfoundation.org/).



Abaixo, um trecho que ilustra a realidade vivida pelas pessoas que convivem com o autismo:



"Nossa vida se tornou uma rotina enfadonha, em que íamos de um consultório a outro, tendo de lidar com terapeutas, com a burocracia dos planos de saúde e com os inexplicáveis rompantes de nosso filho, que ocorriam em qualquer lugar, inclusive nas ruas, e eram cada vez mais intensos. Em certa ocasião, seus gritos foram capazes de abafar o barulho de uma britadeira, fazendo com que os operários largassem as ferramentas e olhassem abismados para aquela pequena máquina de produzir decibéis. Rowan então se jogou no chão e, como um epilético, começou a martelar o concreto com a cabeça e os calcanhares - tão violentamente que tivemos de segurá-lo.



Seus acessos de raiva às vezes eram acompanhados por jatos de vômito, como os da personagem de O Exorcista. Os trausentes às vezes se ofereciam para chamar os serviços de emergência. Ou faziam cara de desdém, expressando sua indignação com aqueles pais, que deixavam o filho se comportar em público de forma tão abominável. Alguns paravam, nas ruas ou nas lojas, para nos dizer que deveríamos nos envergonhar da conduta de nosso filho. À guisa de consolo, rosnávamos: "Ele é autista. Qual é a sua desculpa?", e os víamos bater em retirada, encabulados e arrependidos."

terça-feira, 10 de maio de 2011

domingo, 8 de maio de 2011

Minha mãe e minhas avós

Dia das Mães é sempre um dia de nostalgia. Dia de lembrar de todas as mães que temos e que tivemos. O velho ditado diz que 'mãe, só tem uma', mas a verdade é que nós temos muitas.

Dona Rosa, mãe do meu pai, era a serenidade em pessoa. Religiosa e silenciosa, eu me lembro dela sempre escutando, servindo, cuidando. Lembro-me também de suas 'travessuras'. Ela, diabética, ajudava a tirar a mesa só pra comer doces escondida na cozinha. Ainda posso escutar o ranger da sua cadeira de balanço. Vovó Rosinha sentada ao lado do meu avô Oswaldo, em frente à televisão, vendo Silvio Santos aos berros, numa salinha onde não cabia mais nada ou mais ninguém. Também, nem precisava. Os dois se bastavam.

Dona Aracy, mãe da minha mãe, era uma fortaleza. Passou grande parte da sua vida de mais de 90 anos sozinha, pois meu avô João viajava muito, e comandou seus filhos, sua fazenda e suas casas com a determinação de uma guerreira. E se você pensa que ela fazia tudo o que os netos queriam, lêdo engano. Se tínhamos fome entre as refeições (e estávamos sempre com fome mesmo), não adiantava pedir um pedaço do bolo de fubá que acabava de ser assado. "Come uma banana!", dizia ela. Talvez por isso eu fiquei anos e anos sem comer banana...

Mas não se engane, ela era só amor... Seus jardins sempre foram os mais verdes, suas samambaias, ninguém conseguia igual, sua casa era o castelo das minhas férias. Com ela aprendi a amar árvores e a podar minhas roseiras sempre que me dá na telha. Sinto falta de passear com ela à tarde. Ela de podão na mão, e eu só acompanhando mesmo, pois sempre detestei dormir depois do almoço. Apesar de ter fumado por quase 40 anos, só se foi quando sua alma já não cabia mais no seu corpo cansado e encolhido.

Minha mãe.... Bem, minha mãe quase me matou do coração. Várias vezes. Primeiro, quando eu era menina, lá pelos meus 10 anos. Eu a amava tanto que a idéia de que a perderia um dia me deu pesadelos por vários anos. Eu acordava em pânico, coração aos pulos, suando frio, um horror! Até hoje, quando me lembro dos sonhos, tenho calafrios... Segundo, já adolescente, ela era a única que conseguia tirar de dentro de mim minhas angústias, meus medos, minhas dores. E quando isso acontecia, eu ficava um verdadeiro caco, me sentia esvaziando, sumindo... Depois vinha o alívio, claro, mas na hora eu achava que iria morrer. E por último, no dia em que me casei, lá estava eu, alegre e feliz, totalmente ensimesmada, curtindo o dia tão sonhado, até que chegou a hora de deixar minha casa e ir embora. Olhei pra minha mãe, em um segundo percebi que nunca mais moraria com ela. Entrei em pânico por dentro: abri a boca pra chorar. Choramos abraçadas por...., nem sei quanto tempo. Pode ter sido um minuto só, mas pra mim, hoje, parece que foi por uma eternidade. Poderia ter morrido naquele momento.

Minha mãe me deu o que eu sou hoje. Se sou forte, é porque ela me ensinou. Se sou tolerante, culpa dela. Se às vezes sou passiva demais ou rabugenta demais, tal mãe tal filha. Aprendi com ela a perdoar. E se eu não sou nada parecida com ela, é porque ela me amou do meu jeito mesmo.
O que eu sinto pela minha mãe não tem como deixar registrado. É como olhar para um pôr-do-sol e querer descrevê-lo em palavras. Nunca será igual à própria imagem em si. Minha mãe é como um quadro de Renoir, é como uma poesia de Thiago de Melo, é como uma sinfonia de Beethoven.


E há muitas outras mães que também são um pouco minhas. Minha sogra, Dona Tuné, uma bênção em nossas vidas - sua oração tem o poder de acalmar filhos inquietos, sonos turbulentos e almas em sofrimento; Nelma, segunda mãe dos meus filhos, ao meus lado há 12 anos; Cândida, outra mãe dos meus filhos, que deixa os dela em casa pra cuidar dos meus; Cida, Quequeta, Tia Camila (que saudade!), Lavina, Leni, Nossa Senhora Aparecida, Maria (a mais divina de todas). Enfim, mãe, tem um monte.


Graças à Deus!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Como os pais podem ajudar suas filhas (ainda sobre bullying de meninas)

1) "Quando você conversar com sua filha, informe-se dos fatos como um jornalista: descubra quem está fazendo isso, há quanto tempo isso acontece, o que estão fazendo com ela e se a professora sabe. Em seguida, trace algumas estratégias, com ela e sozinha.

Se quem pratica o bullying é uma colega de sala, pergunte a sua filha se ela quer mudar de lugar ou, melhor ainda, se ajudaria trocar de sala. Se ela estiver numa escola elementar, você vai notar os grupos se formando nas filas para entrar nas salas. Se ela puder mudar de sala, talvez possa continuar ou pelo menos criar laços sociais protetores com outras crianças.

Ela quer mudar de escola? Várias mulheres que conheci começaram tudo de novo numa outra escola e nunca mais olharam para trás. A mudança talvez pareça radical, mas a diferença pode ser enorme.

2) (...) uma nova atividade pode significar o mundo para crianças em ostracismo. (...) A mudança de ponto de vista, distanciando-se do que faz uma menina popular e focalizando o que a torna uma boa jogadora, escritora, amazona ou desenhista, pode fazer a diferença.

3) (...) cubra todas as bases do dia da sua filha e veja onde você pode aliviar a sua carga. Descubra o que ela está fazendo na hora do almoço e no recreio: se está sozinha, onde ela está? Seria possível combinar para que ela vá à biblioteca, à sala de arte ou ao ginásio duas vezes por semana? Não é uma solução permanente, nem ela deve adquirir o hábito de escapulir todos os dias, mas se ela está realmente sofrendo, talvez você possa encontrar algum espaço para ela respirar.

4) Jamais suponha que seja responsabilidade da outra criança ajudar a sua filha, por maior que seja a dificuldade que está enfrentando. Incentivar a outra criança a exercitar a compaixão à custa de suas próprias necessidades sociais seria reforçar a mensagem de que o cuidado e o auto-sacrifício são a sua prioridade. No final do dia, a decisão deve ficar com as duas. (...) Por algum motivo, sua filha caiu nas mãos de alguém, mas uma coisa é certa: ela precisa que você a ajude a ser uma pessoa mais forte, com mais auto-estima.

5) Como regra geral, não é uma boa idéia ligar para os pais da menina que pratica o bullying. Estas conversas tendem a azedar rápida e deploravelmente.

6) (...) esteja atento ao que sua filha vê quando olha para você. Esteja sempre consciente de como você se 'apresenta' para sua filha. Pais para quem o bullying evoca reações viscerais, cuidado. Vocês estarão revivendo a sua própria experiência por intermédio da sua filha? Perdendo-se na intensidade da dor que é dela?

7) Pode ser útil fazer perguntas que conduzam a uma determinada resposta?

* Quando as meninas querem ser más na sua sala, o que elas fazem?
* A professora vê quando isso está acontecendo? Por que, ou por que não? Como a professora reage?
* Alguma menina esconde melhor suas maldades? Como?
* As amigas podem ser más umas com as outras? Como?"

(trechos de Garota Fora do Jogo, de Rachel Simmons)

Como as professoras podem ajudar as meninas

"Uma professora pode criar uma cultura de sala de aula que compreenda a variedade de agressões das meninas, que se recuse a tolerá-las, que convide as meninas a discutí-las em particular e em público e busque soluções sempre que possível. É na sala de aula que uma menina pode ser socializada para adquirir consciência de agressões alternativas como atos não assertivos. As professoras podem mostrar às meninas que a dissimulação e a manipulação são meios insatisfatórios para expressar sentimentos negativos.

(...), no entanto, explorar agressões alternativas dentro ou fora das salas de aula pode ser tão traiçoeiro para os professores quanto é para as meninas e seus pais.

(...) - Quero dizer, como se fala para um pai, "Sua filha é uma consumada mentirosa"? Eles não querem ouvir isso de mim!

Um novo vocabulário relataria o comportamento infantil em termos menos incendiários (...): atos de agressão relacional, indiretos ou sociais como disseminação de boatos, formação de alianças ou gesticulação não-verbal."

COMO PERCEBER QUE UMA CRIANÇA PODE ESTAR SENDO VITIMIZADA?

"É visível. Gosto quando uma criança sorri. Muitas vezes eu digo, "Me dá um sorriso", e se elas realmente não conseguem sorrir, eu sei que alguma coisa está errada.

(...) Você tem que ver a expressão no rosto delas para saber quem está sendo excluído ou o que está acontecendo."

(trechos de Garota Fora do Jogo, de Rachel Simmons)

terça-feira, 3 de maio de 2011