Exemplo de pai utilizando o poder:
- Por que eu não posso ir?
- Porque eu disse que não. Sou o seu pai.
- O que isso tem a ver?
- Tudo.
- Bem, eu vou de qualquer forma.
(O pai fica com raiva) - Estou te avisando. Se você for a essa festa, vai se meter numa grande enrascada.
- Ah, claro. O que você vai fazer?
- Espere e verá.
Exemplo de pai utilizando a autoridade:
- Por que eu não posso ir?
- Não acho que será seguro.
- Eu posso lidar com isso.
- Vai ter muita gente bebendo nesta festa. Provavelmente haverá drogas também. Eu não quero você lá.
- Eu vou estar bem. Não precisa se preocupar.
- Você não compreende. Eu confio em você. Esse não é o problema. Eu não confio é em algumas das outras crianças. Você não pode controlar o que eles vão fazer.
- Todo mundo vai à festa.
- Eu sei que você quer muito ir. Sei que vai ficar decepcionado.
- Eu quero ir.
- Sinto muito. Você não pode ir. Pode fazer outra coisa. Convide algumas crianças para vir aqui.
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terça-feira, 24 de maio de 2011
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Como os pais podem ajudar suas filhas (ainda sobre bullying de meninas)
1) "Quando você conversar com sua filha, informe-se dos fatos como um jornalista: descubra quem está fazendo isso, há quanto tempo isso acontece, o que estão fazendo com ela e se a professora sabe. Em seguida, trace algumas estratégias, com ela e sozinha.
Se quem pratica o bullying é uma colega de sala, pergunte a sua filha se ela quer mudar de lugar ou, melhor ainda, se ajudaria trocar de sala. Se ela estiver numa escola elementar, você vai notar os grupos se formando nas filas para entrar nas salas. Se ela puder mudar de sala, talvez possa continuar ou pelo menos criar laços sociais protetores com outras crianças.
Ela quer mudar de escola? Várias mulheres que conheci começaram tudo de novo numa outra escola e nunca mais olharam para trás. A mudança talvez pareça radical, mas a diferença pode ser enorme.
2) (...) uma nova atividade pode significar o mundo para crianças em ostracismo. (...) A mudança de ponto de vista, distanciando-se do que faz uma menina popular e focalizando o que a torna uma boa jogadora, escritora, amazona ou desenhista, pode fazer a diferença.
3) (...) cubra todas as bases do dia da sua filha e veja onde você pode aliviar a sua carga. Descubra o que ela está fazendo na hora do almoço e no recreio: se está sozinha, onde ela está? Seria possível combinar para que ela vá à biblioteca, à sala de arte ou ao ginásio duas vezes por semana? Não é uma solução permanente, nem ela deve adquirir o hábito de escapulir todos os dias, mas se ela está realmente sofrendo, talvez você possa encontrar algum espaço para ela respirar.
4) Jamais suponha que seja responsabilidade da outra criança ajudar a sua filha, por maior que seja a dificuldade que está enfrentando. Incentivar a outra criança a exercitar a compaixão à custa de suas próprias necessidades sociais seria reforçar a mensagem de que o cuidado e o auto-sacrifício são a sua prioridade. No final do dia, a decisão deve ficar com as duas. (...) Por algum motivo, sua filha caiu nas mãos de alguém, mas uma coisa é certa: ela precisa que você a ajude a ser uma pessoa mais forte, com mais auto-estima.
5) Como regra geral, não é uma boa idéia ligar para os pais da menina que pratica o bullying. Estas conversas tendem a azedar rápida e deploravelmente.
6) (...) esteja atento ao que sua filha vê quando olha para você. Esteja sempre consciente de como você se 'apresenta' para sua filha. Pais para quem o bullying evoca reações viscerais, cuidado. Vocês estarão revivendo a sua própria experiência por intermédio da sua filha? Perdendo-se na intensidade da dor que é dela?
7) Pode ser útil fazer perguntas que conduzam a uma determinada resposta?
* Quando as meninas querem ser más na sua sala, o que elas fazem?
* A professora vê quando isso está acontecendo? Por que, ou por que não? Como a professora reage?
* Alguma menina esconde melhor suas maldades? Como?
* As amigas podem ser más umas com as outras? Como?"
(trechos de Garota Fora do Jogo, de Rachel Simmons)
Se quem pratica o bullying é uma colega de sala, pergunte a sua filha se ela quer mudar de lugar ou, melhor ainda, se ajudaria trocar de sala. Se ela estiver numa escola elementar, você vai notar os grupos se formando nas filas para entrar nas salas. Se ela puder mudar de sala, talvez possa continuar ou pelo menos criar laços sociais protetores com outras crianças.
Ela quer mudar de escola? Várias mulheres que conheci começaram tudo de novo numa outra escola e nunca mais olharam para trás. A mudança talvez pareça radical, mas a diferença pode ser enorme.
2) (...) uma nova atividade pode significar o mundo para crianças em ostracismo. (...) A mudança de ponto de vista, distanciando-se do que faz uma menina popular e focalizando o que a torna uma boa jogadora, escritora, amazona ou desenhista, pode fazer a diferença.
3) (...) cubra todas as bases do dia da sua filha e veja onde você pode aliviar a sua carga. Descubra o que ela está fazendo na hora do almoço e no recreio: se está sozinha, onde ela está? Seria possível combinar para que ela vá à biblioteca, à sala de arte ou ao ginásio duas vezes por semana? Não é uma solução permanente, nem ela deve adquirir o hábito de escapulir todos os dias, mas se ela está realmente sofrendo, talvez você possa encontrar algum espaço para ela respirar.
4) Jamais suponha que seja responsabilidade da outra criança ajudar a sua filha, por maior que seja a dificuldade que está enfrentando. Incentivar a outra criança a exercitar a compaixão à custa de suas próprias necessidades sociais seria reforçar a mensagem de que o cuidado e o auto-sacrifício são a sua prioridade. No final do dia, a decisão deve ficar com as duas. (...) Por algum motivo, sua filha caiu nas mãos de alguém, mas uma coisa é certa: ela precisa que você a ajude a ser uma pessoa mais forte, com mais auto-estima.
5) Como regra geral, não é uma boa idéia ligar para os pais da menina que pratica o bullying. Estas conversas tendem a azedar rápida e deploravelmente.
6) (...) esteja atento ao que sua filha vê quando olha para você. Esteja sempre consciente de como você se 'apresenta' para sua filha. Pais para quem o bullying evoca reações viscerais, cuidado. Vocês estarão revivendo a sua própria experiência por intermédio da sua filha? Perdendo-se na intensidade da dor que é dela?
7) Pode ser útil fazer perguntas que conduzam a uma determinada resposta?
* Quando as meninas querem ser más na sua sala, o que elas fazem?
* A professora vê quando isso está acontecendo? Por que, ou por que não? Como a professora reage?
* Alguma menina esconde melhor suas maldades? Como?
* As amigas podem ser más umas com as outras? Como?"
(trechos de Garota Fora do Jogo, de Rachel Simmons)
terça-feira, 27 de julho de 2010
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Pais x Filhos
Constatação: somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos pais. E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos, mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história.
O grave é que estamos lidando com crianças mais "espertas", ousadas, agressivas e poderosas do que nunca. Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro.
Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos. Os últimos que tiveram medo dos pais e os primeiros que temem os filhos. Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos. E o que é pior, os últimos que respeitaram os pais e os primeiros que aceitam que os filhos lhes faltem com o respeito.
À medida que o permissivo substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal. Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam as suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais. Mas, à medida que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram-se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, e, ainda que pouco, os respeitem. E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E, além disso, os patrocinem no que necessitarem para tal fim. Quer dizer, os papéis se inverteram, e agora são os pais quem têm de agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado. Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para serem os melhores amigos e "tudo dar" a seus filhos.
Dizem que os extremos se atraem. Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles.
Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão. Se o autoritarismo suplanta, a permissividade sufoca. Apenas uma atitude firme e respeitosa lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os e não atrás, os carregando e rendidos à sua vontade. É assim que evitaremos o afogamento das novas gerações no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.
Os limites abrigam o indivíduo, com amor ilimitado e profundo respeito. "Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos". Mônica Monasterio (Madri-Espanha)
O grave é que estamos lidando com crianças mais "espertas", ousadas, agressivas e poderosas do que nunca. Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro.
Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos. Os últimos que tiveram medo dos pais e os primeiros que temem os filhos. Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos. E o que é pior, os últimos que respeitaram os pais e os primeiros que aceitam que os filhos lhes faltem com o respeito.
À medida que o permissivo substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudaram de forma radical, para o bem e para o mal. Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam as suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais. Mas, à medida que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram-se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, e, ainda que pouco, os respeitem. E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E, além disso, os patrocinem no que necessitarem para tal fim. Quer dizer, os papéis se inverteram, e agora são os pais quem têm de agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado. Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para serem os melhores amigos e "tudo dar" a seus filhos.
Dizem que os extremos se atraem. Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles.
Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão. Se o autoritarismo suplanta, a permissividade sufoca. Apenas uma atitude firme e respeitosa lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os e não atrás, os carregando e rendidos à sua vontade. É assim que evitaremos o afogamento das novas gerações no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.
Os limites abrigam o indivíduo, com amor ilimitado e profundo respeito. "Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos". Mônica Monasterio (Madri-Espanha)
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