quarta-feira, 13 de abril de 2011

A 'agressividade' nas meninas

"Existe uma cultura oculta da agressividade nas meninas na qual o bullying é epidêmico, característico e destrutivo. Não é marcado pelo comportamento físico e verbal direto, que é basicamente domínio dos meninos. A nossa cultura nega às meninas o acesso ao conflito aberto, e impões à agressividade delas formas não-físicas, indiretas, dissimuladas. As meninas usam a maledicência, a exclusão, a fofoca, apelidos maldosos e manipulações para infligir sofrimento psicológico nas vítimas. Diferentemente dos meninos, que tendem a provocar e a praticar o bullying com conhecidos ou estranhos, as meninas, com frequência, atacam dentro de um círculo bem fechado de amizades, tornando a agressão mais difícil de identificar e reforçando o dano causado às vítimas. *********************** *********************** Dentro da cultura da agressão oculta, as meninas brigam usando a linguagem corporal e os relacionamentos, em vez de punhos e facas. Neste mundo, a amizade é uma arma, e a dor provocada por um grito não é nada em comparação com um dia de silêncio de alguém. Não há gesto mais devastador do que um dar as costas." ********************************************** (trechos de Garota Fora do Jogo, de Rachel Simmons, Editora Rocco, Rio de Janeiro, 2002)

2 comentários:

  1. E pra quem possa pensar que estamos dizendo que todas as meninas são más, mais um trecho:

    "Seria um sério engano se o leitor interpretasse este livro como uma condenação das meninas e das mulheres. Nada poderia estar mais longe da verdade.

    (...) minha tentativa de dar nome à agressão das meninas não deve ser entendida como uma tentativa de depreciá-las.

    (...) Em toda a minha vida, mulheres e meninas me deram força, sabedoria e atenção. (...) E, sem as mulheres mais próximas de mim, eu jamais teria a coragem de chegar a muitos insights pessoais que compartilho aqui."

    (Rachel Simmons)

    ResponderExcluir
  2. "a amizade é uma arma, e a dor provocada por um grito não é nada em comparação com um dia de silêncio de alguém. Não há gesto mais devastador do que um dar as costas."

    Luana entende bem...

    ResponderExcluir