quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Why???????

Aprender uma nova língua, às vezes, pode ser frustrante. Em certas ocasiões, o que está sendo ensinado não faz sentido algum na nossa língua materna.

“Por que eu não posso falar ‘have a dog in my house’??? Por que tem que ser there is a dog in my house’?”

“Por que quando o avião decola ele ‘take off’ e quando ele pousa ele ‘land’? Não deveria ser ‘take on’?”

“Por que eu tenho que falar ‘the police are e não ‘the police is?”

"Por que 'eu chorei ontem' é 'I cried yesterday' e 'eu chorei hoje' é 'I have cried today'?"

“E por que diabos TODA regra tem uma exceção???”

Estes são apenas alguns exemplos de situações nas quais o que aprendemos em outra língua não tem equivalência na nossa. E isso, para os alunos mais atentos e dedicados, é angustiante.

Existe uma estória que serve como metáfora para este sentimento, este desejo de compreender tudo e dar sentido ao que, aos nossos olhos (e ouvidos), não faz sentido algum.

A estória de alguém que queria saber exatamente

Havia um homem que perdera a sua mulher. Ele não tinha trabalho e não podia sustentar os seus filhos. Então um amigo lhe disse: ''Nas redondezas existe um eremita que sabe como transformar pedras em ouro. Talvez ele o ajude!''.

O homem disse a si mesmo: ''Essa é uma boa idéia''. Pôs-se a caminho, procurou o eremita e o encontrou numa caverna.

Assim que o viu, perguntou-lhe: ''É verdade que você sabe como transformar pedras en ouro?''
''Sim, eu sei.''

''E você me revelaria o segredo?''

''Sim, e o faço com prazer. Na próxima lua cheia você vai ao segundo vale a partir daqui - depois de amanhã já é lua cheia - e lá junte pedregulhos grandes e um pouco de madeira.'' Em seguida, o eremita desapareceu por um momento na caverna, mas logo voltou com algo na mão e prosseguiu: ''Então você pega esse frasco com seis ervas e, uma hora antes da meia-noite, coloca-as sobre a madeira e acende o fogo. Uma hora mais tarde, pouco antes da meia-noite, portanto, as pedras estarão transformadas em ouro''.

O homem agradeceu ao eremita e tomou o caminho de casa. Entretanto, quando já havia andado por algum tempo, começou a ter dúvidas: "Isso não pode ser tudo. Deve faltar alguma coisa!" Deu meia-volta, e quando chegou ao eremita, disse:"Andei refletindo. Isso não pode ser tudo. Com certeza falta alguma coisa que você não me revelou." "Sim", disse o eremita, "é que durante a hora em que o fogo estiver ardendo, você não deve pensar num urso branco!"

Moral da estória: quando não fizer sentido, confie no professor (e pratique até decorar).

(Esta estória foi retirada do livro Para que o amor dê certo, Ed. Cultrix, 2001, sobre o trabalho terapêutico de Bert Hellinger)

2 comentários:

  1. Como diz Renato: Sensacional!

    Tenho uma técnica boa para ensinar a diferença entre have e there is/are:

    "I work. I have money. I can buy a car. I HAVE a car. I HAVE a car in my house! But...

    ... My house doesn't have money. My house doesn't work. So: My house doesn't have a car. I (written on the board) HAVE a car in my house. In the garage (drawing). THERE IS (try to make them think about existence) a car in my house.

    Got it?

    But some of them will just remember the bear now on. Thanks :)

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  2. I loved your style, Julie.

    If you're remembering the bear from now on, I'll probably remember the fact that my house doesn't work.

    You're the funniest!

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