segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Sábado de jogos!

Sábado, dia 15, foi o segundo dia do TFLA Games. Os jogos foram muito animados, com direito à coreografias, poemas cantados e provas malucas .
As equipes: Baty Lagy, Black Out, Fênix de Fogo, Os Incríveis e Vingásticos. Quem leva a viagem esse ano?






quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Green Day 2012!

O TFLA precisa de sua ajuda para plantar 200 mudas de árvores.
Quando: Sábado, 22 de Setembro.
Onde: Área verde da PBH, situada na rua Carlos Lacerda, no bairro Trevo.
Horário: De 9h às 12h.
Mais informações na secretaria (34620729) ou no contato@tfla.com.br

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Os jogos começaram!



O primeiro dia do TFLA Games bombou!
 As equipes mostraram garra e muito entusiasmo durante os jogos. Quem leva o prêmio esse ano?





segunda-feira, 6 de agosto de 2012


TFLA Games 2012!

O TFLA Games está de volta! Monte sua equipe e inscreva-se. Caso você não tenha equipe, mas queira participar, deixe seu nome na secretaria.
Teremos atividades culturais, musicais e esportivas que irão garantir muita diversão!
Além do mais, a equipe campeã ganha um fim de semana no Maquiné Park Hotel!
- Inscrições até o dia 21/08/2012
- Mais informações na secretaria do TFLA.









quarta-feira, 1 de agosto de 2012

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A Juliana (TFLA Caiçara) buscou seu resultado até o dia 09/07 e ganhou a nossa promoção do semestre gratuito!!!!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

domingo, 17 de junho de 2012

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Festa Casino!
Uma noite deliciosa com muitos jogos e pizza! Assim foi a festa Casino. 


 
No meio da brincadeira, até quem não falava nenhuma das línguas (francês, italiano ou espanhol) acabou aprendendo expressões como: 'boa sorte', 'ganhei' ou 'beijos'!


E claro, no final da noite, todos aguardaram ansiosos pelos prêmios da brincadeira: um MP4 e três livros de viagens super bacanas!



quarta-feira, 30 de maio de 2012

Festa Semestral 2012

Se a chuva não veio (para estrear o toldo), pais, alunos e professores compareceram em peso à Festa Semestral do TFLA no último sábado, 26 de maio.



Os Grupos de teatro encantaram, os alunos de bateria arrasaram e os professores divertiram a platéia com a peça 'Desconexão TFLA'.




 E quem ainda não havia se emocionado com os alunos do KIDS cantando 'You are my sunshine', não conseguiu segurar as lágrimas quando os corais se apresentaram.



Toda festa do TFLA é assim: emoção pura!
 
Nosso muito obrigado a todos os que prestigiaram o evento! Arrecadamos muitos quilos de alimentos que já foram doados e farão muitos outros felizes!!! 

sábado, 26 de maio de 2012

ATENÇÃO!!!!!


Prezado aluno ou responsável,

Apesar da possibilidade de chuva, a festa de 26/05, 17 horas, está confirmada.

Haverá uma tenda cobrindo a quadra do TFLA Caiçara.


Atenciosamente, TFLA Idiomas.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Festa 'Casino'!!!
Você que é aluno ou interessado nas línguas espanhola, italiana e francesa está convidado para a Festa
Casino do TFLA. Faremos atividades diferentes para todos, para você poder jogar, se divertir e conhecer um pouco mais desses belos idiomas. 

Isso tudo junto a um sensacional rodízio de pizzas!

01.06.2012 | 20h - 23h 
Tfla Caiçara - Rua Agostinho Bretas, 470. 
R$ 20 - Bebidas não incluídas.
Inscrições até 29.05 - Vagas Limitadas  
Informações na secretaria ou através de: contato@tfla.com.br

sábado, 12 de maio de 2012

TFLA´s party 2012!!!

A festa do TFLA esse ano será imperdível. Teremos peças teatrais dos alunos e professores, apresentação de bateria e corais nos 4 idiomas!

Dia 26/05/2012
TFLA Caiçara: Rua Agostinho Bretas, 470
Entrada: 2kg de alimento não-perecível por pessoa
Mais informações: contato@tfla.com.br




quinta-feira, 3 de maio de 2012

O.K!!! (De onde veio isso?)

Há muitas teorias, mas uma delas é bem interessante e tem origem na Guerra Civil dos Estados Unidos:

Durante este conflito, quando não havia baixas nos campos de batalha anotava-se 0 killed ('zero killed' = nenhum morto), que na sua forma abreviada corresponde a 0.K. A sigla, desta forma, era sinônimo de boa notícia. Todos sobreviveram!

Ok?

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Escola e Sofrimento (Rubem Alves)

Estou com medo de que as crianças me chamem de mentiroso. Pois eu disse que o negócio dos professores é ensinar a felicidade. Acontece que eu não conheço nenhuma criança que concorde com isto. Se elas já tivessem aprendido as lições da política, me acusariam de porta voz da classe dominante. Pois, como todos sabem, mas ninguém tem coragem de dizer, toda escola tem uma classe dominante e uma classe dominada: a primeira, formada por professores e administradores, e que detém o monopólio do saber, e a segunda, formada pelos alunos, que detém o monopólio da ignorância, e que deve submeter o seu comportamento e o seu pensamento aos seus superiores, se desejam passar de ano.


Basta contemplar os olhos amedrontados das crianças e os seus rostos cheios de ansiedade para compreender que a escola lhes traz sofrimento. O meu palpite é que, se se fizer uma pesquisa entre as crianças e os adolescentes sobre as suas experiências de alegria na escola, eles terão muito que falar sobre a amizade e o companheirismo entre eles, mas pouquíssimas serão as referências à alegria de estudar, compreender e aprender.

A classe dominante argumentará que o testemunho dos alunos não deve ser levado em consideração. Eles não sabem, ainda… Quem sabe são os professores e os administradores.

Acontece que as crianças não estão sozinhas neste julgamento. Eu mesmo só me lembro com alegria de dois professores dos meus tempos de grupo, ginásio e científico. A primeira, uma gorda e maternal senhora, professora do curso de admissão, tratava-nos a todos como filhos. Com ela era como se todos fôssemos uma grande família. O outro, professor de Literatura, foi a primeira pessoa a me introduzir nas delícias da leitura. Ele falava sobre os grandes clássicos com tal amor que deles nunca pude me esquecer. Quanto aos outros, a minha impressão era a de que nos consideravam como inimigos a serem confundidos e torturados por um saber cujas finalidade e utilidade nunca se deram ao trabalho de nos explicar. Compreende-se, portanto, que entre as nossas maiores alegrias estava a notícia de que o professor estava doente e não poderia dar a aula. E até mesmo uma dor de barriga ou um resfriado era motivo de alegria, quando a doença nos dava uma desculpa aceitável para não ir à escola.

Não me espanto, portanto, que tenha aprendido tão pouco na escola. O que aprendi foi fora dela e contra ela. Jorge Luís Borges passou por experiência semelhante. Declarou que estudou a vida inteira, menos nos anos em que esteve na escola. Era, de fato, difícil amar as disciplinas representadas por rostos e vozes que não queriam ser amados.

Esta situação, ao que parece, tem sido a norma, tanto que e assim que aparece freqüentemente relatada na literatura. Romain Rolland conta a experiência de um aluno:

“… afinal de contas, não entender nada já é um hábito. Três quartas partes do que se diz e do que me fazem escrever na escola: a gramática, ciências, a moral e mais um terço das palavras que leio, que me ditam, que eu mesmo emprego – eu não sei o que elas querem dizer. Já observei que em minhas redações as que eu menos compreendo são as que levam mais chances de ser classificadas em primeiro lugar”.

Mas nem precisaríamos ler Romain Rolland: bastaria ler os textos que os nossos filhos têm de ler e aprender. Concordo com Paul Goodmann na sua afirmação de que a maioria dos estudantes nos colégios e universidades não desejam estar lá.

Estão lá porque são obrigados.

Os métodos clássicos de tortura escolar como a palmatória e a vara já foram abolidos. Mas poderá haver sofrimento maior para uma criança ou um adolescente que ser forçado a mover-se numa floresta de informações que ele não consegue compreender, e que nenhuma relação parecem ter com sua vida?

Compreende-se que, com o passar do tempo a inteligência se encolha por medo e horror diante dos desafios intelectuais., e que o aluno passe a se considerar como um burro. Quando a verdade é outra: a sua inteligência foi intimidada pelos professores e, por isto, ficou paralisada.

Os técnicos em educação desenvolveram métodos de avaliar a aprendizagem e, a partir dos seus resultados, classificam os alunos. Mas ninguém jamais pensou em avaliar a alegria dos estudantes – mesmo porque não há métodos objetivos para tal. Porque a alegria é uma condição interior, uma experiência de riqueza e de liberdade de pensamentos e sentimentos. A educação, fascinada pelo conhecimento do mundo, esqueceu-se de que sua vocação é despertar o potencial único que jaz adormecido em cada estudante. Daí o paradoxo com que sempre nos defrontamos: quanto maior o conhecimento, menor a sabedoria. T. S. Eliot fazia esta terrível pergunta, que deveria ser motivo de meditação para todos os professores: “Onde está a sabedoria que perdemos no conhecimento?”

Vai aqui este pedido aos professores, pedido de alguém que sofre ao ver o rosto aflito das crianças, dos adolescentes: lembrem-se de que vocês são pastores da alegria, e que a sua responsabilidade primeira é definida por um rosto que lhes faz um pedido: “Por favor, me ajude a ser feliz…”

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O 11o Mandamento

Um romance tão abrangente que torna impossível resumí-lo. Uma história de amor que te levará ao coração da Etiópia, da medicina e de personagens inesquecíveis (especialmente Ghosh). Uma obra prima de Abraham Verghese. Leitura obrigatória.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Quer aprender a perdoar?

Assista a este filme.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Millör Fernandes

Poesia Matemática

Millôr Fernandes


Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.
Era o triângulo,
tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade.

quinta-feira, 15 de março de 2012

A contract for your son's future wife

The moment you bring a baby boy into the world, you start to wonder when he's going to leave you. That's right. You know that one day he'll leave you for another woman -- even though he'll propose to you all through toddlerhood and tell you that you are the only girl for him.

Liar.

You're already quite certain that the woman he marries will probably resent you for being so awesomely cool. And you're betting she'll do whatever she can to break the strong bond you have with your sweet prince. Women say it's good to marry mama's boys, but they don't really want to deal with the mama part.

Wenches!

My husband has told me time and time again to cut the cord... no f*****g way! I'm waiting until that thing rots and falls off. I mean, for how much longer is he going to say "I love you" when he walks out the door, or hug me in front of his friends, or ask me to lie with him at night? Frankly, I don't know, but I won't be the one to stop it.

If he's 40 and wants me to lie with him and scratch his arm, I'll be all "Move over, Megan," or whatever his unappreciative, son-stealing wife's name is.

Let's be honest: he may be 5 now, but before we know it, he'll be shaving, and driving, and then he'll leave us to go to college somewhere cold. Then he'll get married and move to be near her mother, because that's what girls make boys do: move near their mothers! Then he'll be a father, and then one fine holiday he'll have "wifey" call us to cancel our plans. Then he'll try to make up for it by sending one of those Harry & David gift baskets filled with pears, because he'll remember that we love pears, but they'll be bruised -- like our hearts.

No, we can't go down that road. We have to take a stand against son stealing right now.

We'll make those Jezebels pay... no, sign! Yes, a contract for us to make them sign, besides the pre-nup. That's right, like using WiFi in Starbucks, they'll have to agree to our terms.

This is a MIL-nup, and it goes like this:

•I will compliment my mother-in-law's (MIL's) cooking, her decorating, and, most importantly, the incredible way she raised her son, my husband.

•I will marvel at my MIL's beauty and miraculously never-aging skin every time I see her.


•I will acknowledge that my MIL's son is on loan to me so that we can make grandbabies, which will probably look like her and have her wonderful traits, which I will mention in conversation frequently and with great fervor.


•I will remind my husband to call my MIL daily, saying, "Have you told your mother you love her today? You should, she rocks." Plus, I will throw in phrases like this:

•"That amazing woman raised you! You should call and thank her... again."

•"You can truly never thank her enough."


•"Let's go over and thank her in person."


•"We should bring her a gift when we go."


•"She's so deserving of gifts."


•"Let's take her on vacation with us."


•"And get her another gift."


•"Maybe a beautiful locket with pictures of you and our children."


•"No, I don't need to be in the pictures; she didn't raise me... unfortunately."


•I will tell other women that their mothers-in-law are not as fabulous as mine, and I shall be willing to throw down in the event that said women disagree.


•I will take my MIL to her weekly hair salon appointment and shopping at Loehmann's, when it is deemed necessary by age.


•I will spend all holidays with my husband's family, because they are so awesome and gracious, and I realize how much mine sucks by comparison.

And lastly:


•I will move to be near my MIL, whether she has retired to Century Village in Florida, decides to live in a nudist colony in Arizona, or goes bat-s**t crazy and moves to Alaska for the fresh sushi. She is so wise and wonderful that I'm sure her choice of habitat will suit me and my husband perfectly!

Oh, and:


•My MIL can so live with me and my husband when she's old and can't remember who I am.

There. You can print this to be signed when the inevitable happens. I just saved you from losing your sweet, sweet boy. You're welcome.

(by Jenny Isenman)

segunda-feira, 5 de março de 2012

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.

Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.

Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.

No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém.

(Extraído do livro "O amor que acende a lua", de Rubem Alves).

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Sinto-me só


Como seria ter um irmão autista numa época em que pouco (ou nada) se sabia sobre isso?

Como seria ter um irmão e, ao mesmo tempo, não tê-lo?

"Tenho 5 anos, você tem 3. Eu sei ler, você não sabe falar. Eu sei amarrar meus sapatos, você não consegue calçar uma meia. Você ainda dorme no berço.

Não pode vir comigo. Quanto mais crescemos, mais nos afastamos."

"Quando vamos ao supermercado e você fica sentado no carrinho, mulheres param meu pai para dizer que você é simplesmente lindo."


"É como um truque, essa beleza que seduz tanto professores, especialistas, psiquiatras e até os familiares (...)"


"Mas você não me engana. É meu irmão. E meu rival. E posso sentir o ambiente se inclinando para você sempre que entra nele, toda atenção e amor de nossos pais escoando em sua direção, sem nunca ser retribuído. Você possui uma gravidade desproporcional para o seu tamanho. E talvez essa indiferença com sua própria importância o torne ainda mais amado. Estou aprendendo que não posso competir com você; apesar de ser mais velho, maior, mais esperto, mais rápido, vou perder todas as disputas pelo tempo e pela atenção de nossos pais."

"Noah é a razão que nos fez mudar de Nova York. Por causa dele, nossa casa é uma eterna bagunça, nossa mobília está sempre suja, o veludo do sofá é duro de saliva seca. Ele é a razão pela qual nossos lençóis têm os cantos desfiados, onde ele os mastigou, os livros não têm todas as páginas, porque ele as arrancou, meus tanques de plástico estão amassados e meus soldados da infantaria (dos quais ainda gosto muito, mesmo aos 14 anos) têm marcas de dentes, e nossas janelas estão sempre embaçadas com o resíduo de seu cuspe. Ele é o motivo pelo qual não podemos sair de férias, por que ninguém pode dormir até tarde, por que não posso me sentar para assistir à tevê com um saco de batatas fritas, porque, se me vê, ele quer o pacote inteiro. Tudo sempre gira em torno de Noah, por causa de Noah. Sem dizer uma única palavra, ele dita os termos de nossa vida."

"Não conheço Noah. Suspeito que é impossível conhecê-lo. Mas ele segue sendo o centro de minha vida.

Eu o odeio por isso.

Se pudesse, nunca escreveria sobre ele, não falaria sobre ele, diria a todos que me perguntassem que sou filho único.

Mas ele é meu irmão.

Tenho pavor dos telefonemas de meus pais. Ele atacou outro cliente. (...) Foi espancado. Tem um olho roxo, um dente quebrado, outra cicatriz sem explicação. Esses telefonemas me lembram. Eles me fazem sentir impotente porque Noah é impotente.

(...) sinto a realidade de Noah invadindo-me e o peso da preocupação com ele retornando. A menos que me disponha a afastar-me, simplesmente fechar meu coração para ele, compreender por que ele está onde está é tão inútil quanto calcular a temperatura exata enquanto você está morrendo congelado. É informação, mas é inútil."

Sinto-me só. Karl Taro Greenfeld, Editora Planeta, 2009

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Teachers' Workshop



January 31st at Pampulha Flat